.

.

Essa eu postei pra Petita abrir os olhos II



O Grupo Saraiva, a editora que tem uma rede de livrarias, publicou hoje seu balanço anual, referente ao ano passado. Seus números foram espetaculares: crescimento de 25% nas receitas e de 27,6% no IBTDA, uma forma atual de medir o lucro. O que dizer? Muito bom para a Administração da empresa, mas infelizmente esses resultados mostram o que está acontecendo no meio das pequenas e médias editoras e livrarias: a destruição. Onde abre uma loja da Saraiva não fica nenhum livreiro tradicional. Vi isso acontecer em Brasília, há 15 anos. Os livreiros locais era prósperos e confiantes. A chegada dos grandes grupos de fora, como Saraiva, Cultura e Leitura, expulsou todo mundo do mercado. Está acontecendo agora de forma acelerada em Porto Alegre e em todo o Brasil. Esse processo não é espontâneo, é resultado do modelo econômico posto em prática pelo PT, que favorece os olicopólios em detrimento das pequenas e médias empreas. As grandes empresas têm já a favor de si as economias de escala e a inovação tecnológica mais rápida. Ao interferir, o governo acelera o processo de destruição. A intervenção se dá de muitas formas, a começar pelo financiamento barato e abundante do BNDES. Mas ele ocorre também por meio da regulação, que praticamente expulsa as pequenas empresas, incapazes que atender às exigências dos múltiplos órgãos, como Vigilância Sanitária, Procon, fiscias da Receita, Bombeiros e toda sorte de interferência normatizadora. O resultado é esse: o desaparecimento das pequenas empresas e a prosperidade artificial dos oligopólios, como o Grupo Saraiva. É o modelo fascista em implatação acelerada no Brasil: "tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado".