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O Cinema Brasileiro por Diogo Mainardi



"O governo federal deu 1 bilhão de reais à
turma do cinema. Uma parte do dinheiro foi
roubada, retornando por baixo do pano às
empresas beneficiadas pelo subsídio fiscal.
A outra parte do dinheiro teve um destino
infinitamente mais sombrio: virou filme"

“O período de ouro do cinema nacional foi entre 1992 e 1994. Fernando Collor de Mello cortou o financiamento público e nenhum filme foi feito.”


“Se o Brasil deixasse de fazer cinema, todo mundo sairia ganhando. Os contribuintes economizariam uns trocados. E a cultura brasileira se livraria de alguns de seus episódios mais constrangedores, mais humilhantes. Quando a Lei do Audiovisual foi instituída, seus autores prometeram que no futuro – um futuro não muito distante – o cinema nacional atingiria a auto-sustentabilidade. Traduzindo: depois de alguns bilhões de reais de investimento público, o cinema brasileiro criaria os meios para se sustentar com as próprias pernas. O que aconteceu foi o contrário. Quanto mais dinheiro o Estado aplicou no cinema, mais inviável economicamente ele se tornou. É igual ao Bolsa Família. O assistencialismo tem esse efeito perverso – produz párias, produz dependentes, tanto no cinema quanto na sociedade. O assistencialismo produz também consenso eleitoral. Os cineastas vendem seus votos como os sertanejos miseráveis. E, drogados com o dinheiro estatal, não conseguem se libertar do vício.”